
O vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), relator do processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT), pregou cautela na análise do caso pela Câmara Municipal de Natal. Em entrevista à TV Agora RN nesta quarta-feira 29, o parlamentar defendeu que a ação contra a petista precisa respeitar o Regimento Interno da Casa e o direito ao contraditório antes da tomada de qualquer decisão.
“Em toda essa condução, eu tive toda a cautela. Inclusive, inicialmente, eu não estava nem dando entrevista. Por quê? Porque a gente não pode julgar antes de o processo ser concluído. Alguns vereadores e jornalistas ficaram muito ansiosos em saber essa informação. E eu tive e tenho muita cautela. Eu não posso julgar antes de o processo ser concluído”, declarou o vereador.
Em outro trecho da entrevista, o parlamentar enfatizou: “Eu sempre tenho dito: eu não sou Alexandre de Moraes. Você entrar num processo já sabendo qual é o resultado final. (….) Meu parecer vai ser no momento adequado.”
O relator destacou que sua conduta visa evitar que o processo seja revisado pela Justiça depois de sair da Câmara. “Nós queremos apresentar um relatório que, qualquer que seja a decisão, não seja derrubada pela Justiça. Questionado pode ser. O vereador insatisfeito pode questionar na Justiça. Mas nós queremos que o relatório seja elaborado de forma técnica, para que nós não sejamos, futuramente, desmoralizados”, enfatizou.
Fúlvio também respondeu às críticas que tem recebido pela suposta falta de contundência na condução do caso. Ele explicou que, durante um dos depoimentos, não fez perguntas a Brisa Bracchi porque se sentiu satisfeito com as respostas dadas pela vereadora aos parlamentares que o antecederam.
“Várias pessoas perguntaram antes de mim e algumas vezes coincidia (as perguntas). Fazemos as perguntas por último. Na minha conduta, se você fez a pergunta e eu estou contemplado com a reposta… (não há necessidade de repetir)”, declarou o vereador.
o xerife