A turma do PT está enganada ao imaginar que os R$ 1,2 bilhão aprovados para o Rio Grande do Norte impulsionarão a candidatura de Fátima Bezerra ao Senado — ou qualquer outro nome da base governista. A conta não fecha. Nem todas as fontes do próprio governo acreditam que a governadora colocará as mãos nesse dinheiro antes de renunciar em abril.
Ainda que Lula pressione para agilizar o repasse, a realidade é outra: para aplicar a verba, o Estado precisa enfrentar todo o rito obrigatório — tomada de preços, licitações, análises técnicas e uma burocracia que, no Brasil, anda em marcha lenta. É um processo que não se resolve da noite para o dia.
Ou seja, mesmo que o dinheiro caia no caixa, sua execução dificilmente será rápida o suficiente para transformar obras em vitrine eleitoral. Quem aposta que esse montante será o motor da campanha de Fátima ou de seus aliados pode se decepcionar. O tempo é curto, as exigências legais são pesadas e a burocracia é implacável.
o xerife