O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi orientado por sua defesa a não comparecer ao julgamento marcado para terça-feira 2 no Supremo Tribunal Federal (STF), que representa a fase final do processo sobre a suposta trama golpista após as eleições de 2022.
Apesar da recomendação, a presença de Bolsonaro ainda é possível. Pessoas próximas ao ex-presidente informaram que ele ainda não decidiu se seguirá o conselho da equipe jurídica. Para participar do julgamento, Bolsonaro precisaria solicitar autorização ao STF, já que cumpre prisão domiciliar desde agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Até a manhã desta segunda-feira 1º, nenhum pedido formal havia sido registrado.O julgamento envolve Bolsonaro e sete aliados, acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O primeiro dia do julgamento será iniciado pelo presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, seguido pela apresentação do resumo do caso pelo relator Alexandre de Moraes. Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para sustentar a acusação contra Bolsonaro e os demais réus.