
De repente, o vice-governador Walter Alves passou a ser tratado como vilão por setores da militância mais radical do PT. Até ontem apontado como aliado estratégico e liderança importante do projeto governista, hoje é rotulado com adjetivos pesados como “golpista”, “oligarca” e “aproveitador”.
A mudança de tom ocorre no momento em que Walter avalia não assumir o Governo do Estado e seguir projeto próprio, o que inclui a possibilidade de disputar outro cargo eletivo. A reação revela intolerância a qualquer movimento que não seja de completa submissão política.
Para parte da militância petista, Walter parece não ter direito à independência, nem a tomar decisões baseadas em seus interesses e no do seu partido. O que antes era tratado como liderança, agora é atacado como traição — um retrato claro de como o discurso muda conforme a conveniência política.
o xerife