Brasil espera que acordo de Itaipu seja cumprido pelo Paraguai

Brasil espera que acordo de Itaipu seja cumprido pelo Paraguai

A avaliação do Brasil é que a crise sobre Itaipu tomou proporção política e se tornou uma desculpa para desestabilizar Marito, que assumiu o cargo em agosto.

O governo Jair Bolsonaro espera o cumprimento das tratativas fechadas no mês de maio com o Paraguai sobre a contratação da potência da usina binacional de Itaipu.
O acordo busca resolver o desequilíbrio praticado há anos pelo lado paraguaio, que tem se aproveitado da energia excedente, mais barata, para atrair indústrias e investimentos.
Há dois meses, o Brasil aguardava que o Paraguai regulamentasse a proposta e, em razão da sensibilidade do tema, tratava o assunto com reserva.
Contrário aos termos do acordo, Pedro Ferreira, presidente da Ande, estatal paraguaia, renunciou na última sexta-feira, provocando uma crise que já derrubou outras quatro autoridades do país e ameaça o governo do presidente Mario Abdo Benítez.
O líder paraguaio defendeu o acordo e publicou, em sua conta no Twitter, um vídeo em que diz que os termos eram uma prova de que o Paraguai é um “país sério”, que não precisa de “pequenas vantagens”.
Sem interesse em desestabilizar a gestão de Marito, o lado brasileiro negociou um reequilíbrio gradual, para ser cumprido até 2022, para evitar um “tarifaço” nas contas paraguaias, informa o jornal Gazeta do Povo.