Uma chuva de granizo na tarde desta sexta-feira (20) surpreendeu moradores da zona rural da cidade de Apodi, na Região Oeste do Rio Grande do Norte. O fenômeno foi registrado em vídeo por algumas pessoas.
A chuva inusitada começou por volta das 16h30, contou a agricultora Valquíria Fernandes, que é moradora da região. Ela disse que o fenômeno ocorreu acompanhado de ventos fortes.
“A chuva durou cerca de uma hora. Depois de uns 20 minutos veio um relâmpago muito grande e, em seguida, começamos a ouvir um barulho no telhado. Quando fomos olhar,percebemos que era granizo”, relatou.
A agricultora contou que foi a primeira vez que presenciou uma chuva desse tipo na região. A curiosidade atraiu ela e outros moradores da região para o lado de fora da casa.
A Defesa Civil de Apodi informou que a chuva de granizo, especificamente, durou cerca de 15 minutos e não registrou nenhuma intercorrência relacionada ao fato. Segundo o órgão, nenhum dano estrutural foi causado e nenhuma pessoa ou animal foram feridos pela chuva.
Histórico recente
No início do mês de dezembro, as cidades de Ipueira e Serra Negra do Norte também registraram chuvas de granizo.
O chefe do núcleo de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Gilmar Bristot, explicou na época que essa chuva é mais comum em regiões mais frias, mas pode ocorrer também no Nordeste.
Segundo ele, as pedras de granizo se formam em nuvens do tipo cumulonimbus, “que tem o desenvolvimento vertical bastante intenso, que consegue passar o nível de congelamento, o nível de 0 grau de temperatura na atmosfera”.
Ele explicou que o nível de congelamento é muito elevado, então “as nuvens precisam ter um desenvolvimento vertical muito intenso, às vezes de 13 km, 14 km de altura”.
“Quando essa nuvem ultrapassa esse nível, o de congelamento, as gotículas de água, que tem um movimento veritcal dentro da nuvem, elas sobem e descem e se chocam umas com as outras pra ganhar peso e vencer a força da gravidade e precipitar, isso é a chuva… Essas gotículas dentro da nuvem são forçadas a subir e, quando ultrapassam esse nível, elas congelam”.
Fonte: g1RN