A área devastada por queimadas no Brasil cresceu 79% em 2024 com relação a 2023, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. Foram queimados 30.867.676 hectares no ano passado –uma área maior que todo o território da Itália.
Dos mais de 30 milhões de hectares queimados em 2024, 73% foram de vegetação nativa, sendo 25% em formações florestais. As queimadas em áreas de pastagens somaram 21,9% do total de 2024.
O número de área queimada em 2024 foi maior desde 2019, início da série do Monitor do Fogo.
“O ano de 2024 destacou-se como um período atípico e alarmante do fogo no Brasil, com um aumento expressivo na área queimada em quase todos os biomas, afetando especialmente as áreas florestais, que normalmente não são tão atingidas”, disse Ane Alencar, diretora de Ciências do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo.
A Amazônia foi o bioma com o maior número de queimadas: foram 17,9 milhões de hectares incendiados em 2024. É seguida por Cerrado (9,7 milhões), Pantanal (1,9 milhão), Mata Atlântica (1 milhão), Caatinga (330 mil) e Pampa (3.400).
“O fogo na Amazônia não é um fenômeno natural e não faz parte de sua dinâmica ecológica; é um elemento introduzido por ações humanas”, declarou Felipe Martenexen, do MapBiomas Fogo.
O Estado que mais sofreu com as queimadas foi o Pará: 7,3 milhões de hectares (24% do total). O local vai sediar a COP30 este ano.
Depois do Pará estão os Estados de Mato Grosso (6,8 milhões de hectares) e Tocantins (2,7 milhões).
Com informações de Poder 360