Foto: Andrew Harrer / Bloomberg
O Brasil registrou em 2024 a maior saída anual de dólar desde 2020, o 1º ano da pandemia de covid-19. No acumulado do ano até dezembro de 2024, o BC (Banco Central) contabilizou a saída de US$ 10,03 bilhões.
O fluxo negativo foi marcado principalmente pela saída de recursos em dezembro. A autoridade monetária disse que saíram US$ 18,4 bilhões só no mês. Deste total, US$ 18,3 bilhões foram por razões financeiras, como envio de remessas e dividendos ao exterior.
O ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, já havia dito que houve uma saída atípica de recursos no mês e, por isso, a autoridade monetária interveio no mercado cambial com a realização de leilões.
Os leilões têm finalidade de aumentar os dólares em circulação, porque uma saída atípica de recursos torna o mercado cambial disfuncional. Na prática, as atuações ajudam a reduzir a cotação da moeda norte-americana, mas não há uma meta ou variação máxima em relação ao real para o BC adotar a intervenção.
O principal leilão é o à vista, que é quando a autoridade monetária utiliza recursos das reservas internacionais para colocar dólares no mercado. Já o leilão de linha também utiliza recursos das reservas cambiais, mas há um compromisso de recompra, o que serve para recompor o que foi gasto.
A cotação do dólar comercial fechou a R$ 6,18 na segunda-feira (30/dez), último pregão de 2024. Aumentou 27,3% em relação a 2023.
Poder 360