CRIME AMBIENTAL: Gestão de Eraldo Ingrato deixa como herança uma vala de esgoto sem tratamento jorrando para área do Rio Potengi

 

O vazamento criminoso de esgoto sem qualquer tipo de tratamento para uma área do Rio Potengi, deixado pela gestão de Eraldo Ingrato, foi descoberto pela nova gestão do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Gonçalo do Amarante – SAAE que assumiu no último dia 2 de janeiro.

O fato foi descoberto pela nova equipe do SAAE no primeiro dia de trabalho e confirmado pelo coordenador de Esgoto, Geraldo Paiva, irmão do ex-prefeito Eraldo Paiva. Trata-se de um rompimento na rede elevada, tecnicamente chamada de emissário gravitacional, que deveria enviar todo o volume de esgoto para a estação de tratamento, mas em função do vazamento está jorrando um rio de dejetos, sem tratamento, em uma área de mangue localizada na Rua da Floresta, entre os bairros Jardim Lola e Amarante. 

O local é de difícil acesso, mas os técnicos do SAAE conseguiram registrar em fotos o tamanho do crime ambiental. O mais grave é que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte já tinha notificado a gestão de Eraldo Ingrato sobre o vazamento. Tivemos acesso ao documento assinado pelo superintendente do DNIT, Getúlio Batista, com data de 6 de novembro de 2024. 

O ofício encaminhado ao então diretor-presidente do SAAE, Iwry Magnum diz: “Informamos que, após realização de inspeção de rotina em área de deságue de águas pluviais, referente ao sistema de drenagem do complexo do Gancho de Igapó, que atende todos os bairros em volta do Viaduto do Gancho de Igapó, sistema localizado ao final da Rua Floresta, no Bairro de Jardim Lola, foi observado o rompimento de tubulação de água servida do Serviço Autônomo de Agua Esgoto - SAAE, e que está ocasionando dano ambiental Junto a área de mangue do Rio Potengi”. 

Depois da notificação do DNIT, a gestão do SAAE de São Gonçalo no governo de Eraldo Ingrato teve dois meses e não solucionou o problema. A diretora-presidente do SAAE, Talita Dantas, disse que recebeu a confirmação do vazamento com perplexidade. “É lamentável que o SAAE tenha sido administrado com tanta irresponsabilidade. Um crime ambiental com danos desastrosos ao ecossistema daquela região de manguezal. Por se tratar de uma área de difícil acesso, ainda não foi possível identificar o alcance da poluição. É inaceitável que a gestão passada tenha ignorado o caso e não tenha tomado uma atitude efetiva e emergencial para solucionar o problema”, lamentou.

fonte Alerta São Gonçalo