A caderneta de poupança registrou uma retirada líquida de R$ 49,65 bilhões no primeiro semestre de 2025, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (7). O resultado representa o terceiro pior desempenho da série histórica, iniciada em 1995, reforçando a tendência de esvaziamento do investimento mais tradicional do país.
Ao longo dos seis primeiros meses do ano, os depósitos somaram R$ 2,079 trilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 2,128 trilhões.
Com isso, o saldo ficou negativo em quase R$ 50 bilhões, atrás apenas dos resultados de 2023 (R$ 66,6 bilhões negativos) e de 2022, ano em que a saída líquida ultrapassou R$ 50 bilhões.
O cenário atual mantém um ciclo de perdas que já dura nove semestres consecutivos — ou seja, desde o início de 2021 a poupança não fecha um semestre com saldo positivo.
Apesar das saídas, o estoque total da poupança se manteve acima de R$ 1 trilhão, encerrando junho com R$ 1,019 trilhão. Esse volume, no entanto, inclui a remuneração acumulada dos valores ainda aplicados, e não significa que os brasileiros estejam investindo mais no produto.
Em junho, a poupança teve captação líquida de R$ 2,124 bilhões — o segundo mês seguido com resultado positivo após um ciclo de saques.